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Jovem Revolta a Web ao Jogar Suco em Homem Que Se Protegia do Frio em Lixo

Jovem Revolta a Web ao Jogar Suco em Homem Que Se Protegia do Frio em Lixo Situação ocorreu em Santos, no litoral paulista, e ganhou repercussão nas redes sociais após divulgação dos vídeos que mostram os jovens 'zombando' do morador de rua.

Um morador de rua que se abrigava do frio dentro de uma lixeira em Santos, no litoral de São Paulo, foi surpreendido por um grupo de jovens que resolveu "brincar" com a situação. Imagens obtidas pelo G1 nesta segunda-feira (8) mostram o momento em que um rapaz joga um suco dentro da lixeira onde ele estava.

As imagens foram compartilhada nas redes sociais e a publicação viralizou rapidamente. Nos vídeos, o grupo aparece rindo, dizendo que há alguém na lixeira, instalada na Avenida Ana Costa, no bairro Gonzaga.

A publicação foi feita por uma internauta que recebeu o vídeo no domingo (7) e se revoltou com a atitude dos rapazes. "Filhinhos de papai zombando de um cara que já está em condições subumanas. Em vez de se juntar para dar um cobertor ou um casaco para ele se proteger do frio, jogam lixo em cima para ‘zoar’".

Em entrevista ao G1, ela contou que não conhece os jovens envolvidos e que recebeu as imagens pelo Whatsapp. Ela afirma que acredita que os vídeos tenham sido gravados na noite de sábado (6), dia em que a região registrou a madrugada mais fria desde junho de 2016.

Em um dos vídeos, um rapaz aparece com uma caixa de papelão na mão. Ele abre a lixeira, nota a presença do morador de rua e fecha. Em outro vídeo, um deles aparece derrubando um suco na lixeira.

Após a publicação, dois rapazes que participaram da ação se manifestaram nas redes sociais. Um deles disse que não sabia que havia uma pessoa na lixeira.

"Me disseram e eu não acreditei. Eu fui jogar o suco no lixo sem saber de nada e, quando eu abri, lá estava ele. Fiquei com pena dele por estar passando frio, não joguei o suco nele, joguei no fundo da lixeira".

Ele afirma que o morador de rua estava sentado em cima de alguns sacos de lixo. "Eu não joguei nele e não fui na intenção de fazer maldade, pois sei que a situação que ele se encontra é muito difícil. Só achei errado a atitude das pessoas julgarem sem saber o que aconteceu, se informem antes de julgarem as pessoas".

‘Só dei risada’
Em outro comentário, o jovem que gravou o vídeo afirmou que "não está feliz com o que aconteceu". Ele disse que "só deu risada" e em seguida pediu desculpas.

"Admito que na hora do embalo eu nem pensei no que ele podia estar passando e só dei risada. Eu não estou feliz com o que aconteceu, sei que ele [morador de rua] não pode ver isso que estou postando, mas eu estou envergonhado com o que aconteceu e peço desculpas aos que tiveram que ver isso também", diz.

Ele afirma, ainda, que já conversou com um amigo e está pensando em como podem fazer para se redimir com o morador de rua.

Reação
A publicação rendeu centenas de comentários de internautas que não ficaram convencidos com a versão dos jovens. "Pelo que vi, ele olha primeiro e depois joga, então não vem com esse papo de que não sabia que não cola", afirma uma internauta.

"Tudo isso para ganhar moral com os amigos? Cada dia que passa sinto mais nojo e raiva desses imbecis que não sabem se colocar no lugar do próximo", diz outra.

Uma jovem comentou que o rapaz que gravou os vídeos está arrependido e irá ajudá-la em um projeto que consiste em entregar sopas e cobertores aos moradores de rua. "O jovem de hoje em dia precisa abrir mais os olhos para os problemas do próximo".

Denúncias
Casos de violações de direitos humanos devem ser denunciados pelo disque 100. As ligações podem ser feitas anonimamente, de todo o Brasil. Também é possível fazer denúncias por meio do site do Humaniza Redes, iniciativa do governo federal que tem o objetivo de enfrentar as violações aos direitos humanos.

Em Santos, há uma uma central de orientações gerais e denúncias sobre pessoas em situação de rua. O contato é 0800177766 e o setor funciona 24h.

A cidade conta com o Programa Novo Olhar, que realiza ações para fortalecer os serviços assistenciais e o acolhimento da população, além de promover o engajamento da sociedade nos trabalhos sociais.

De acordo com a prefeitura, existem aproximadamente de 200 vagas nos quatro abrigos da cidade. São duas casas de passagem e dois abrigos institucionais, além das instituições conveniadas, acionadas pela Secretaria de Assistência Social e Cidadania, quando necessário.

Nessas unidades, além de camas para dormir e oferta de banho quente, os acolhidos recebem agasalhos e alimentação. Todos têm direito a levar seus pertences em bolsas ou mochilas.

Lixo

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